Que tal abstrair um pouco nessa quarentena? Como você já deve saber, março é o mês em que comemoramos muitas coisas: o início do outono, o mês da mulher e é também o mês em que celebramos a Francofonia! Pensando na situação atual e em celebrar essas datas importantes, achamos justo fazer uma lista de 5 cantoras francófonas para você ouvir de casa, afinal, quem não gosta de uma boa música?
Ah, lembrando sempre que, se você pode, #ficaemcasa e aproveita para curtir um som en français. 😉
1 – Aya Nakamura (Mali)
Aya é uma jovem de 24 anos nascida no Mali, país da África Ocidental, e criada na região metropolitana de Paris, em Seine-Saint-Denis. Com forte influências de outras cantoras, como Rihanna, Beyoncé e Nicki Minaj, Aya mistura zouk, pop e R&B numa versão francesa com linguagem periférica. A artista começou sua carreira em 2014 no YouTube, lançando seu primeiro álbum “Journal Intime” em 2017.
Em 2019, Nakamura foi a artista mulher mais ouvida da França, apesar de não ter sido fácil ser uma mulher negra numa indústria musical branca, confessando que já tentou até clarear a sua pele e ter escutado que “na França uma menina bonita tem pele clara”. “Mesmo nos reality shows, não tem mulheres negras. Nas reportagens, vemos poucas famílias africanas dando testemunho. Se você é estrangeiro e assiste TV na França, pode pensar que não há negros aqui”, contou a cantora para um jornal francês.
2 –Angèle (Bélgica)
Angèle surgiu há pouco mais de um ano conquistando a todos com seus covers no Instagram, pelo seu jeito bem-humorado e timbre suave. Nas letras do seu disco de estreia, a cantora fala sobre pautas feministas e suas próprias vulnerabilidades. O seu gênero musical e estilo são bastante comparados com a cantora americana Billie Eilish, até pelo fato de ambas trabalharem em parceria com o irmão.
O seu álbum de estreia “Brol”, de 2018, já foi duas vezes disco de platina na França, além de quebrar recordes nas paradas da Bélgica. Escolhida pela plataforma musical VEVO como uma das apostas para 2019, Angèle promete ultrapassar ainda mais esse ano.
3 – Zaho (Argélia)
Zaho é uma cantora argelina, naturalizada canadense. Ela se mudou com os pais aos 18 anos para Montreal, onde começou a construir sua carreira. Ela começou a compor suas próprias músicas inspirada pelos hits que ouvia na rádio e reproduzia no violão, na gaita ou nos vocais.
O estilo musical de Zaho não se limita ao hip-hop ou ao R&B, é bastante eclético, ela escuta Nirvana, Tracy Chapman, Francis Cabrel, IAM, até virar fã do rapper americano Missy Elliott. Sua carreira começa a engrenar depois que conhece o produtor francês Phil Greiss, que a põe em parceria com vários outros cantores.
4 – Cœur de pirate (Québec)
Béatrice Martin, mais conhecida como Coeur de Pirate, é uma cantora e compositora canadense, nascida no Québec. A artista teve contato com a música desde pequena, aos 3 anos já tocava piano e aos 15 se aventurou em uma banda. O seu primeiro álbum foi lançado em 2008 no Québec e no ano seguinte na França. Para muitos artistas canadenses, o sucesso em solo francês é garantia de sucesso e eles possuem uma ligação especial com o país.
Seu estilo musical é fortemente influenciado pela sua vida pessoas e experiências, com letras românticas e voz encantadora. Ela explora o cenário alternativo e internacional com a sua pegada indie. Em seu álbum “Roses” ela canta em francês e inglês e chega a lembrar e cativar fãs de Lana del Rey e Helsey.
5 – ClaraLuciani (França)
A cantora francesa ClaraLuciani é bastante conhecida por trazer uma pegada francesa para um hit internacional. Ela transformou The Bay, da banda Metronomy, em La Baie, e ficou genial! A cantora, nascida em Martigues, na França, ficou conhecida em 2016 com o grupo La Femme. Em 2017 lançou seu primeiro EP cheio de canções para corações partidos, mas, 12 meses depois, nos trouxe o álbum Saint Victoire, uma grande superação que agradou a crítica.
Além do hit La Baie, encontrada no seu último disco a artista é muito conhecida pela música “La Grenade” e “On ne meurt pas d’amour”. O álbum contou com importantes produtores associaram as músicas ao que a de mais moderno na música mundial, entre eles Yuksek, remixer de Lykke Li e Lana Del Rey.